O que resta para hoje é: saudade... vá com Deus, Jorge de Angélica


A população feirense deu o último adeus na tarde desta terça (31), ao grande ícone do reggae, Jorge de Angélica, que faleceu na noite de segunda (30) de infarto fulminante na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Hospital Geral Cleriston Andrade (HGCA). 

Diversas autoridades e a imprensa em geral estiveram no velório do artista, porém, chamou muito mais atenção, a presença massiva de pessoas comuns, em clima de comoção, um reconhecimento à grandeza do artista. O caixão do músico foi carregado até o carro fúnebre por garis, categoria a quem ele homenageou em vida. Jorge foi aplaudido e ovacionado pela população, que juntamente com os garis, não conseguiam conter as lágrimas.

O corpo de Jorge de Angélica segue em cortejo fúnebre ate o cemitério Jardim das Flores, na BR116, onde será sepultado.

Ao Tô Por Cá, o deputado federal Zé Neto (PT), contou sobre sua amizade com o músico e a história da gravação do primeiro CD.


"Tristeza para nós hoje, conversei com Jorge às 19:27h de segunda (30), me ligou para dizer que estava tranquilo, indo para o Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), na verdade ele seria internado para ser cuidado no Dom Pedro, mas a medicação toda foi dada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), ficaria internado, tinha desinchado a barriga, que estava obstruída, ele tinha problema no fígado, também teve um problema renal, mas a barriga estava muito inchada, aquilo ali impede a respiração, ontem ele se alimentou bem, inclusive, quando ele estava se deslocando para a ambulância, foi no sanitário, se sentiu mal, quando aconteceu o que não estava nos planos, teve um infarto fulminante. Jorge é meu amigo, em 1995 quando nem pensava em fazer política, Jorge chegou lá muito abatido, fiquei com aquilo na cabeça, chamei Cleilson da Sancler um outra pessoa, colocamos ele no estúdio junto com Luizinho Mello e fizemos o primeiro CD da vida dele, foi um presente que dei a ele como amigo, conseguimos ajudar Jorge, eu e vários amigos fizemos uma vaquinha e fizemos um CD para ele, Jorge brilhou demais com aquele CD. Tenho por ele um carinho, amizade e um respeito, que Deus possa conduzi-lo num caminho de luz".

Simone de Angélica, Irmã do músico, conta a saga em busca de atendimento, sendo jogado de um lado para outro, o que terminou apenas quando o cantor resolveu usar de conhecimento com sua amizade com o deputado federal Zé Neto, para conseguir atendimento.

"Está sendo muito difícil, era uma coisa que não esperávamos, mas, quem é da vida é da morte, seguiremos seu legado com uma dor muito grande no peito. Atendimento péssimo, primeiro fomos maltratados, depois, somente por causa do deputado Zé Neto, é que tivemos um suporte melhor. Quando chegamos na UPA do Clériston, fomos informados que só estavam atendendo à Ortopedia e por isso, deveríamos procurar a Policlínica do Feira X ou a UPA da Queimadinha, onde entendemos ser mais viável. Quando chegamos lá, nos mandaram de volta para o Clériston Andrade, ao chegarmos, o médico plantonista nos tratou mal, depois, Jorge através do conhecimento que possui, conseguiu ser melhor tratado, chegou a falecer pela vontade de Deus, não por falta de atendimento após falar com seus contatos".

O vereador Petrônio Lima acompanhou do início ao fim a situação de Jorge.

"Jorge Angélica me ligou no domingo pela manhã me pedindo um socorro que eu pudesse ir até ia até a sua residência para conseguir um atendimento médico, assim fiz, prestei socorro, Jorge independente de ser um artista, também é um amigo bem próximo, chamei também o pessoal da família, para nos acompanhar, dois sobrinhos dele, estivemos na UPA do Cleriston no primeiro momento, não atendeu porque disse que só tinha ortopedista, não tinha clínico, fomos até a UPA da Queimadinha, onde chegamos, os primeiros socorros foram prestados, foi acolhido na unidade, o médico nos chamou e disse que a UPA não tinha equipamentos para poder dar um atendimento necessário quanto ao estado de saúde de Jorge, foi colocado no oxigênio, porque estava com dificuldade de respirar, o médico disse que o mais viável era levar até o Cleriston, porque eles tem obrigação de atender por ser um caso de urgência e emergência e Jorge pode ser atendido melhor. Retornamos ao Cleriston, que não acolheu o paciente, tivemos dentro da unidade, mas, mesmo assim, o médico pediu que voltasse na UPA. Fomos na UPA do Cleriston, nesse segundo momento, Jorge foi atendido, passou pela triagem, foi encaminhado para a sala vermelha, Jorge ficou no oxigênio e o médico foi tomar as providências e viu que realmente necessitava de uma unidade de maior complexidade para que pudesse ter exames detalhados para saber qual a situação de saúde dele e dar um atendimento preciso. Nessa situação, foi feito o pedido de regulação, entramos em contato com o deputado Zé Neto para tentar agilizar a situação, a assessoria dele entrou em contato tentou, conseguimos a regulação na segunda pela manhã, mas estava dependendo de uma ambulância, chegando até tarde da noite, onde ele não resistiu e faleceu".


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