Programa de qualificação profissional pagará 1 salário mínimo para estudantes do município; Saiba como participar

Foto: Luiz Santos

Aconteceu na manhã desta sexta (20), no Centro Municipal Integrado de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva em Feira de Santana, o lançamento do Programa Jovem Aprendiz Feirense”, iniciativa que vai oportunizar qualificação profissional a estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede municipal. O Programa é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Feira de Santana e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi).

Para participar, os interessados devem ter idade entre 14 a 21 anos (até 20 anos e 11 meses), renda familiar de até 2 salários mínimos, ser estudante da rede pública ou bolsista 100% da rede particular ou estar cursando o ensino fundamental ou Educação de Jovens e Adultos (EJA) vinculado à Rede Municipal de Ensino. A iniciativa prevê uma cota de 5% a 10% para Pessoa com deficiência – PCD (sem limite de idade) e de 5% para jovens do Sistema Socioeducativo em cumprimento ou egressos.

A secretária de Educação do município, Anaci Bispo Paim, deu maiores detalhes ao Tô Por Cá.

Secretária de Educação Anaci Bispo Paim - Foto: Luiz Santos

"O programa Jovem Aprendiz Feirense tem uma relevância muito grande para a sociedade, porque estimula a permanência do estudante, garante qualificação profissional, suporte financeiro, apoio integral e inclusão social. Para contratação imediata, serão 100 jovens, mas o objetivo é que até mil estudantes sejam contemplados em 2024. Inicialmente, os alunos atuarão nas secretarias das escolas municipais. As inscrições serão iniciadas na segunda (23), o estudante será submetido a um processo seletivo em que as condições são amplamente divulgadas, estar matriculado na Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas também estar cursando regularmente, por que é uma maneira de garantir a retenção do aluno, oferecemos matrícula em todas as escolas, mas é necessário que se crie condições para que eles mantenham a frequência e integralizem o curso, mas também tenha uma formação e qualificação profissional com alcance social imenso, com possibilidade de uma inclusão muito grande, e também com suporte financeiro que dá um incentivo para que eles possam estar atuando, além disso, fora do conteúdo convencional do quadro curricular da EJA, o conteúdo adquiridos por eles pela experiência prática do ambiente educacional, também tem todo um componente importante de formação cidadã, respeito ao outro, sendo fundamental para atingir essa população, acredito que a evasão na EJA deixa de existir a partir da instituição desse programa".

Valor da Remuneração

"Um salário mínimo hora para 20 horas, além de férias remuneradas, uniforme, décimo terceiro correspondente ao salário mínimo hora e também as vantagens da formação".

A secretária disse ainda que o programa tem duração de um ano, que pode ser prorrogado.

"Firmamos o convênio por um ano que pode ser renovado, como o mandato do prefeito termina dentro de um ano, a renovação caberá ao próximo prefeito, renovação que pode ser feita considerando a necessidade social, como é um programa de uma importância imensa, fundamental para a formação de pessoas e formação de cidadãos, buscaremos o crescente e evoluir cada vez mais".

Vice Prefeito Fernando de Fabinho

O vice prefeito Fernando de Fabinho (UB) ressaltou a importância do programa.

"Esse é o momento importante para Feira de Santana, o prefeito Colbert Martins (MDB) dá uma parcela de contribuição importantíssima na área da Educação e social, cem novos jovens que vão integrar a administração municipal, ganharão salário, terão a oportunidade de ajudar as suas famílias, a contribuição social e educacional desse programa é fenomenal, além de tudo, teremos servindo à população de Feira de Santana cem jovens".

Secretário de Desenvolvimento Social Denilton Brito


Ao ser indagado por Elias Lúcio a respeito das famílias que moram em barracos na frente ao CSU (Centro Social Urbano), Denilton Brito disse que tem um plano de ação e espera contemplar adolescentes de famílias que moram no local com o Programa Jovem Aprendiz.


"Temos ciência sim, hoje estamos fazendo uma grande ação no Centro Pop com os moradores de rua na parte de estética e saúde, na questão do Centro Social Urbano, nossa equipe de abordagem tem feito um trabalho diuturnamente no local, acontece que a assistente social faz o trabalho de acolhimento, mas aquelas famílias não querem sair, às vezes nossa equipe chega para conversar, alguns querem, outros não, oferecemos o serviço de acolhimento, aluguel social, alimentação, mas se recusam em sua maioria a sair, pois alegam que ali ganham mais dinheiro. Aquelas famílias todas já foram monitoradas, recebem auxílio do governo federal, benefícios do município, como o aluguel social. Fizemos uma pesquisa e descobrimos que aquelas pessoas retiram R$80 reais ao dia, em 30 dias, dá em torno de R$2.400 reais e se a mulher tiver filhos esse valor dobra. Ontem fizemos um plano para avaliar o que podemos fazer além, como a assistência social é de acolhimento, não é reativa, não podemos forçar, tudo que fazemos, é levar nossas assistentes sociais e psicólogos para conversar com aquelas famílias e convencer. Esse é um desafio e estamos elaborando como podemos fazer. Esse Programa lançado pela Educação hoje, talvez consigamos fazer um trabalho de inclusão daquelas crianças e adolescentes que estão lá e possamos assistir aquelas mães de forma que consigamos limpar aquela área do CSU".


Adair Meira, fundador e idealizador da Renapsi


"O projeto em Feira é uma iniciativa do prefeito Colbert Martins (MDB) e da Secretaria de Educação, mas nós representamos a tecnologia social que há 30 anos anos executa esse projeto em mais de mil cidades no Brasil, com iniciativa privada, prefeitura, governos estaduais e que tem a responsabilidade de tratar os jovens em outros países do mundo. O jovem é protagonista, é talento, mas, para o jovem continuar estudando e desenvolver o seu talento, precisa de um apoio, um reconhecimento, é isso que Feira de Santana está fazendo, colocando o jovem em condições especiais de trabalho, o que chamamos de aprendizagem, remunerando adequadamente, garantindo direitos trabalhistas, carteira de trabalho, férias, décimo terceiro e transporte, para que o jovem possa se desenvolver cada vez mais".



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