Carlos Soares, presidente do MAV - Movimento Água e Vida conta aos leitores do Tô por Cá, os desafios e a história do MAV.
"No dia 21 de Maio o Movimento Água é Vida completou 26 anos, por coincidência ou não na mesma data em que o MAV faz 26 anos morre um dos fundadores que foi o senhor "Ildes Ferreira". Vinte e seis anos anos de muita luta, que é cuidar da água, da vida e do meio ambiente, a nossa missão sempre é focada no meio ambiente, nesse período agente vem trabalhando isto, graças a Deus agente vem buscando sensibilizar as pessoas nesta questão da "Água, Saúde e meio ambiente".
RESUMO E CONQUISTAS
Carlos Soares cita como uma das maiores conquistas do movimento, a não privatização da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA).
"Durante os 26 anos tivemos varias conquistas em Feira de Santana e região, mais o legado que seja mais avançado em nível de Bahia foi a não privatização da EMBASA. Em 1998 o então governador César Borges, encaminhou um decreto para a ALBA onde ele queria privatizar o serviço de água, todos os municípios receberam esse projeto para que fosse encaminhado para as câmaras municipais e fosse dada a autorização.
Aqui em Feira de Santana, fizemos algumas reuniões com o prefeito da época, Clailton Mascarenhas, e dissemos que esse projeto não era bom para o nosso município.
Quando José Ronaldo (UB) foi eleito em 2001, enviou o projeto para a Câmara, que por sua vez aprovou. Quando isto aconteceu, entramos em ação para sensibilizar, tanto o prefeito quanto aos vereadores que não era uma boa ideia esta aprovação.
Com isto, levantamos a nível Feira de Santana e a Bahia aderiu. Corremos e fizemos o primeiro projeto de iniciativa popular de Feira de Santana em 2001, tínhamos a época 260 mil eleitores, precisávamos de 5% do eleitorado, cerca de 13 mil eleitores. Conseguimos 28.986 assinaturas e demos entrada nessa mesma câmara em julho de 2002, pedindo para que fosse revogada a lei aprovada pelos vereadores. Durante a campanha eleitoral, os vereadores disseram que não sabiam se tratar de um projeto de privatização, ocasionando no ano seguinte a revogação. Mas as pessoas tem memória curta", finalizou.
Reportagem: Elias Lúcio
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