No dia do Trabalhador Rural, ex-vereador Marialvo Barreto ressalta a importância da Agricultura Familiar

Ex-vereador Marialvo Barreto - Foto: Luiz Santos

Aconteceu na manhã desta quinta (25),  sessão solene na Câmara de Vereadores de Feira de Santana em homenagem ao Dia do Trabalhador Rural. A comemoração do Dia do Trabalhador e Trabalhadora Rural foi instituída no Decreto de Lei nº 4.338, de 1 de junho de 1964, em 1971 foi instituído o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural, com a Lei Complementar nº 11.

Ao Tô por Cá, o ex-vereador Marialvo Barreto, salientou a importância da data para o Brasil.

"Hoje é um dia muito especial, a comemoração do Dia do Trabalhador Rural, dia de luta, de protesto, e também comemorar a chegada das chuvas, torceremos para ter um inverno bom. A luta do trabalhador rural é muito bonita, porque é ele que abastece a nossa mesa, é agricultura familiar que bota o almoço em nossa mesa, quando o homem do campo não planta a cidade não janta, é muito importante estar aqui comemorando todas as honras para o trabalhador rural, por ter nascido na zona rural me sinto um trabalhador rural e também pratico uma boa agricultura". 

Projeto de preservação de plantas ameaçadas de extinção

"Há mais de quatro décadas que faço mudas de plantas, de uns tempos para cá, aprimorei mais um pouco e essa distribuição é feita todo ano lá na chácara, durante o inverno, preparo canteiros melhores, porque plantando agora as chances dessas plantas vingarem é muito boa, temos mangas nativas, todas doces, não são híbridas e frutas que estão desaparecendo da região como o figo, peri, boquinha doce e outras frutas nativas da nossa da região, como a jaca dura, jaca mole, estamos fazendo esse trabalho de repovoar a nossas roças com frutas".

CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra)

"Elegemos um Congresso muito conservador, que usará a CPI contra o MST para tentar passar a pauta do agronegócio e tentar criminalizar os movimentos sociais no campo, isso é muito grave porque é do movimento social do campo que vem a principal luta pelo acesso à terra, vemos isso com preocupação, mas sabemos também, que terá uma resistência, não é assim, vou fazer CPI já pensando que será emplacado tudo que a direita quer, não é bem assim, há uma resistência social muito grande".

Ausência de investimento público na Agricultura Familiar

"Muitos problemas, porque não vemos políticas públicas de incentivo à Agricultura Familiar, o que vejo muito na zona rural de Feira atualmente infelizmente é o loteamento de áreas agrícolas, virou uma febre, são filhos e netos pressionando os pais para lotear e o setor imobiliário vai sem pena, a falta de um regramento para o setor imobiliário na zona rural está levando a um desembesto na forma de se fazer o loteamento. O loteamento pode ser feito, mas, com critério, o que está acontecendo no distrito da Matinha, principalmente na região da Água das Moças é vergonhoso, vendendo lote de 100 metros quadrados e chamando de mini chácara, como pode ser? Aos que resistem na Agricultura Familiar em Feira, que estão aqui, é para quem batemos palmas hoje".

TPC - Como coibir esse tipo de loteamento?

Marialvo Barreto - É necessário um zoneamento urbano, pois com o zoneamento o governo definiria quais os eixos que podem ser loteados, para que não seja feito um loteamento distante 30km da última rede de água e ficar no meio dos terrenos de engorda. Faz -se um loteamento na zona rural com 700 casas distante da rede de esgoto, ocasionando a contaminação do lençol e a água de toda a região por falta de saneamento. 

Reportagem: Elias Lúcio

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem