Foto: Google Maps |
Reportagem: Elias Lúcio
Durante alguns dias, observamos uma senhora em frente ao portão da Escola Municipal Dr. Clovis Ramos Lima, localizada na rua Arco Verde, bairro Parque Ipê em Feira de Santana por longos períodos. Ao ser indagada pela reportagem, a mulher, que não quis ter a sua identidade revelada, disse que não trabalha, vive de doações, não tem marido, adianta os afazeres domésticos à noite, para ficar na porta da escola durante o dia, das 7 às 11:50h, por que segundo ela, quer preservar o filho dos perigos do mundo.
"O mundo é muito cruel, os jovens de hoje são muito avançados, meu filho pode ser grande, muitas vezes os que são mais novos são mais avançados, o mundo de hoje está cada dia mais difícil".
Elias Lúcio - Ele já sofreu bullying?
Mãe - Não.
Elias Lúcio - Do lado de fora não dá para saber o que acontece lá dentro.
Mãe - Mas acompanho da escola até chegar em casa.
Elias Lúcio - E a direção da escola?
Mãe - Não deixa esperar dentro da escola.
Elias Lúcio - Os afazeres domésticos?
Mãe - Adianto à noite.
Elias Lúcio - A Sra. permanece na porta da escola nesse tempo quente?
Mãe - Não fico todo o tempo, após deixá-lo na porta da escola, vou resolver algumas coisas por perto e retorno.
Elias Lúcio - O adolescente tem um bom comportamento?
Mãe - Não é santo, mas não tenho do que reclamar.
Elias Lúcio - Seu maior medo?
Mãe - Me preocupo com os tempos atuais, o mundo não está fácil.
Elias Lúcio - Caso seu filho vá para uma escola de tempo integral, permanecerá na porta o dia inteiro?
Mãe - O amanhã Deus proverá.
Elias Lúcio - Meio de sustento?
Mãe - Não trabalho, vivo da providência de Jesus.
Elias Lúcio - O adolescente não se sente envergonhado?
Mãe - Não, até me dá um beijo.
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