Operação “Ficção ou Realidade” desmascara tráfico de armas vinculado a Hollywood




Uma significativa operação denominada “Ficção ou Realidade” foi iniciada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, revelando um cenário digno de filme, mas com consequências extremamente reais. O principal objetivo é desmantelar uma rede responsável pelo tráfico internacional de armas de fogo e acessórios provenientes dos Estados Unidos, além de investigar o comércio ilegal dessas mercadorias com facções e milícias no Rio de Janeiro.

Para compreender a magnitude desta operação, são executados seis mandados de busca e apreensão distribuídos entre Rio de Janeiro, Curitiba e Maringá. A trama começa a ser tecida a partir de informações fornecidas pela Receita Federal, expondo o esquema de importação irregular de armamentos por um grupo que recorreu a uma empresa de efeitos cinematográficos como fachada para ocultar seu ilícito comércio.
Como uma empresa de efeitos cinematográficos entrou no tráfico de armas?


A criatividade dos criminosos, infelizmente, não conhece limites. Sob o pretexto de utilizar “materiais não lesivos para shows pirotécnicos,” a empresa de fachada escondeu suas verdadeiras intenções criminosas. Esse álibi permitiu o armazenamento ilegal de armas e evitou, por um tempo, a atenção das autoridades para suas atividades.
Qual o destino e uso dessas armas?

Um episódio revelador ocorreu em janeiro deste ano, quando autoridades norte-americanas interceptaram um grande carregamento de armas em Miami, destinado ao Brasil. Este carregamento incluía 261 carregadores de alta capacidade e 88 acessórios conhecidos como “Kit Roni”. Esse arsenal é de interesse de milícias e traficantes, evidenciando-se pela capacidade de dominação territorial que oferecem devido ao seu alto poder destrutivo.
O impacto da operação e as consequências para os envolvidos

Os envolvidos neste esquema enfrentarão acusações graves, incluindo o tráfico internacional e comércio ilegal de armas de fogo e acessórios, além de associação criminosa. As penas, se condenados, podem chegar a até 31 anos de reclusão, refletindo a seriedade do crime e o compromisso das autoridades em combater essa forma de criminalidade.

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